Estrada da vida
, 1954
Fernando Taborda
Prova fotográfica em gelatina sal de prata (cloro brometo)
30 × 40 cm
30 × 40 cm
assinado e datado
Inv. 2967
Historial
Doação de Ana Paula Taborda em 2006.
Exposições
Londres, 1955; Vila Franca de Xira, 2009, 40, p.b.; Cuenca, 2010.
Bibliografia
TAVARES, 2009, 123, p.b.
Doação de Ana Paula Taborda em 2006.
Exposições
Londres, 1955; Vila Franca de Xira, 2009, 40, p.b.; Cuenca, 2010.
Bibliografia
TAVARES, 2009, 123, p.b.
Uma das características da fotografia salonista é a relação alegórica que era frequentemente estabelecida entre o sentido literal e o figurado das imagens. É este o caso da imagem Estrada da Vida, em que a representação do Sifão do canal do Alviela, nos arredores de Lisboa, serve para a construção de uma imagem sobre o sentido da vida, e das suas dificuldades. A imagem constrói-se numa retórica de depuração, sem envolvência, de modo a que a relação entre o acto de subir a ponte e a figura humana que o realiza seja adensada na representação. Ao enquadrar a imagem, sem que a noção figurativa da ponte seja dada por completo, a visualidade da ponte transformada em «estrada» resulta de forma mais consentânea com o signo que ela evoca. Trata-se de um exemplo de como a legenda, ou a leitura textual autoral sobre a imagem, lhe confere uma complexidade de significados, a que a estética e formalismo da fotografia salonista foi particularmente sensível, e que é um dos grandes vectores na modernidade da linguagem fotográfica.
Emília Tavares
Emília Tavares