Convulsivo

, 1951

Jorge de Oliveira

Óleo sobre platex

100 × 122 cm
assinado e datado
Inv.
Historial
Depositado pelo autor em 2006.

Exposições
Lisboa, 1953; Lisboa, 2006.

Bibliografia
Exposição de Pintura Abstracta de Jorge de Oliveira, 1953; CHICÓ (et al.), 1973, 298; A Pintura Portuguesa Contemporânea, 1972, 10; GONÇALVES, 1986, 64.
Uma espacialidade irreal, que responde ao interesse partilhado com artistas como Matta, Ford ou Margo, entre outros, pelas teorias não euclidianas do espaço e pela introdução de uma dimensão temporal nesta nova espacialidade, orienta esta composição que, junto a outras aqui presentes, constituem um dos momentos plásticos mais relevantes na arte portuguesa deste período. Num cromatismo cálido, de vermelhos e amarelos, que contrasta com a frieza da gama das restantes obras aqui apresentadas, a composição surge no próprio acontecer, no automatismo de manchas que suscitam a necessidade de outras formas, incisões, pinceladas gestuais e elos nervados de união, que originam reservas e dispersam as linhas de força. O espaço é densificado por um acumular de formas que não flutuam no espaço, mas são elas próprias as criadoras de espacialidade.

Maria Jesús Ávila