Dançarino

, 1888

Tomás Costa

Bronze.
Carimbo do fundidor, na base, à direita: Thiébaut. Frères Fondeurs.


200 × 33 (diâmetro da base)
assinado e datado
Inv. 197
Historial
Integrada no MNAC em 1914.

Exposições
Lisboa, 1979, 116; Lisboa, 1997, p.b.; Porto, 1999, 119, cor.

Bibliografia
PARIS, 1926, 841; BRAGANÇA, in Portugal: A arte, os monumentos, a paisagem, os costumes, as curiosidades/Lisboa: Museu de Arte Contemporânea, s.d. (c. 1936), 16; Portugal: A arte, os monumentos, a paisagem, os costumes, as curiosidades, s.d. (c. 1936), 20, p.b.; PAMPLONA, 1943, 234, p.b.; História da Arte em Portugal, vol. 3, 1953, 548, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. I; FRANÇA, 1967, vol. II, 213; História da Arte em Portugal: do Romantismo ao fim do século, vol. 11, 1986, 141; SILVA, 1994, 86, cor; Percurso Táctil: Escultura séc. XIX e XX, 1997, 29, p.b.; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 76; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 355, cor.
Durante a sua estada em Paris, Tomás Costa terá admirado uma alegoria em grupo, A dança, de Jean-Baptiste Carpeaux, realizada vinte anos antes. Com cinco metros de altura, ela integra-se na fachada neo-barroca da Ópera de Charles Garnier.
Numa figuração dinâmica e ritmada, o dançarino apropria a atitude básica de uma da figuras de Carpeaux, tocando o mesmo instrumento e colocando-se em posição semelhante.
Na escultura portuguesa, pouco inovadora em termos compositivos e icónicos, é uma imagem rara cujo maneirismo do corpo alongado, e do panejamento rimando o ritmo do dorso e do braço, anuncia a estética nostálgica e ecléctica de fim do século. Tratando-se da carreira de um escultor secundário, mais se deve marcar a ousadia dos propósitos manifestando um momento forte, sem continuidade, suscitado pelo entusiasmo do estágio parisiense.

Raquel Henriques da Silva
 

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