Vanitas e vanitatis umbra

, 2003

Francisco Tropa

Vela, alumínio, couro, gesso, plástico, madeira e 2 fotografias


dimensões variáveis
Inv. 2609
Historial
Doacção do Dr. Eduardo Fernandes em junho de 2005.

Exposições
Porto, 2003; Castelo Branco, 2004, 93, cor; Lisboa, 2004.

Bibliografia
TAVARES, 2004, 93, cor.
Nesta instalação a forma é o indício para conceitos da representacção do real, e do seu significado cultural. Partindo de um conceito bíblico, simbólico e pessimista da vacuidade do mundo terreno, Vanitas vanitatum, et omnia vanitas, da sua característica efémera e passageira, o artista recoloca essa ideia numa perspetiva de presença e entendimento do mundo real, no sentido da procura do simbolismo na superfície das coisas e não na sua transcendência. A instalação estrutura-se em três momentos fundamentais, em que a topografia dos objectos remete para a ideia de efémero (a vela), os elementos geométricos e a sua projeção espacial impõe o tangível, e as duas fotografias a cores enquanto registo do efémero e testemunho para ser lido em qualquer presente, configuram toda a dinâmica de uma relação pós-moderna de fusão entre espaço e tempo, e diluição da sua transcendência com o indivíduo.

Emília Tavares