O Sol e a Lua

, 1967

René Bertholo

Metal pintado e motor

34,5 × 44,5 × 5 cm
assinado e datado
Inv. 2572
Historial
Adquirido pelo Estado a Maria João Sande Lemos em 2001.

Exposições
Lisboa, 1972; Porto, 2000, 228, cor; Lisboa, 2001, 159, cor; Lisboa, 2001; Lisboa, 2002; Castelo Branco, 2003, 83, cor; Lisboa, 2007; Lisboa, 2011, 137, cor, Lisboa, 2012.

Bibliografia
René Bertholo…, 1972; René Bertholo, 2000, 228, cor; ACCIAIUOLI (coord.), 2001, 159, cor; ÁVILA, 2003, 83, cor; SERRA, 2006, 18, cor; SILVA (et. al.), 2011, 136-137, cor.
Tal como em Beau Fixe o que interessa ao autor é o tempo que torna movível a imaginação da realidade. Ao mimetizar o sentido cosmológico do tempo, a representação da realidade toma uma cadência física intuída mas não contabilizável. O Sol e a Lua são investidos pela sua mecanização de um significado primordial, cósmico, associados ao ciclo repetido do dia e da noite, sem marcas dum registo cultural de medição do tempo. O conteúdo mecânico do objecto serve para contrariar qualquer eficácia matemática na medição do tempo, instaurando antes um cadenciar do tempo poético e errático, ao sabor dos elementos e do poder lúdico do próprio mecanismo. Como em muitos outros dos seus “modelos reduzidos” a técnica elide-se no deleite do imaginário.

Emília Tavares
 

Outras obras do artista