Déjà Vú

, 1979-2002

Julião Sarmento

1 prova positiva p.b. em gelatina sal de prata e letras decalcáveis montada sobre PVC; 2 provas positivas p.b. em gelatina sal de prata montadas sobre cartão; 2 provas positivas a cores montadas sobre cartão e som, 125,3 x 166,2 cm (x 1), 10,8 x 17 cm (x 4); aúdio, CD,17'.

dimensões variáveis
Inv. 2819
Historial
Doacção do artista em 2002.

Exposições
Modena, 1979; Lisboa, 2002, 142-143, cor; Castelo Branco, 2003, 123-125, cor.

Bibliografia
Arta, 1979, 2, p.b.; LAPA, 2002, 142-143, cor; PINHARANDA, 2002, 43; ÁVILA, 2003, 123-125, cor.
Nesta instalação, é apresentada uma reprodução fotográfica da obra de Ticiano, a Vénus de Urbino, e dois pormenores da mesma obra, em articulacção com um texto narrado em voz off que fala sobre a sedução, num discurso vago e errático. Esta nomenclatura foi utilizada pelo artista em algumas obras deste período concetual, colocando o corpo feminino como centro duma reflexão sobre o desejo e as suas implicações psicanalíticas e literárias. A Vénus de Urbino é considerada uma das telas paradigmáticas da pintura ocidental, ao introduzir uma Vénus desperta e desafiante, numa atitude de sedução perante o espectador. O artista enceta desta forma um olhar transversal sobre o modo como a representacção do desejo tem sido articulada na arte e na cultura ocidental. Ao associar um tema clássico e um texto desejante, o artista elabora uma obra sobre a construção do desejo, enquanto mera possibilidade de superacção duma distância.

Emília Tavares
 

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