Dogma

, 1953

Eduardo Harrington Sena

Prova fotográfica em gelatina sal de prata (cloro brometo)

30 × 40 cm
assinado
Inv. 2903
Historial
Doação do autor em 2006.

Exposições
Lisboa, 1953; Barreiro, 1953; Lisboa, 1954; Porto, 1954; Amesterdão, 1954; Estocolmo, 1954; Niterói, Brasil, 1957; Ancona, Itália, 1959; Vila Franca de Xira, 2009, 46, p.b. Cuenca, 2010.

Bibliografia
Fotografia, 1954–1955, 14, p.b.; TAVARES, 2009, 129, p.b.
Tal como muitos outros fotógrafos salonistas, Harrington Sena possui uma obra ecléctica, muito embora seja possível determinar uma particular exploração aos assuntos de carácter geometrizante. É o caso desta imagem em que o pormenor arquitectónico é pretexto para um acentuar do jogo de linhas e de volumes, através da manipulação do fundo de céu num fundo negro, que confere mais um plano de leitura abstracto ao conjunto e lhe retira qualquer conexão representativa. O pormenor arquitectónico é assim tratado como uma composição de volumes, a que as nuances de sombra e luz dão uma complexificação da leitura, dando densidade abstractizante ao conjunto. O autor publicou Dogma na revista Fotografia, na rubrica «A minha Fotografia Preferida», referindo-se-lhe como um exemplo de «fotografia pura» na qual se «joga fundamentalmente com o ângulo e a luz».

Emília Tavares
 

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