Inverness
, 1937
António Cruz
Aguarela sobre papel
28,5 × 39 cm
28,5 × 39 cm
assinado e datado
Inv. 945
Historial
Adquirido pelo Estado em 1939.
Exposições
Porto, 1939; Lisboa, 1939, 86.
Bibliografia
António Cruz, 1939, 86; PAMPLONA, 1954, 278; SILVA (et al.), 1994, 170; SILVA, 1998, 56, cor.
Adquirido pelo Estado em 1939.
Exposições
Porto, 1939; Lisboa, 1939, 86.
Bibliografia
António Cruz, 1939, 86; PAMPLONA, 1954, 278; SILVA (et al.), 1994, 170; SILVA, 1998, 56, cor.
António Cruz distinguiu-se sobretudo como aguarelista formado dentro de uma tradição inglesa. No caso destas aguarelas é pregnante a influência da Euston Road School, sobretudo de Victor Pasmore e das pinturas que este realizou sobre o Tamisa, em Chiswick. De resto é o próprio Tamisa que António Cruz pinta em Inverness com uma técnica apurada extraindo da aguarela grande variedade luminosa. A paisagem desenvolve-se como um momento atmosférico, com contrates entre uma zona mais escura e densa com outras onde a presença do suporte irrompe como se tratasse do timbre de reflexos luminosos. No primeiro plano surgem vagamente apontadas algumas figuras passando alheias, contudo a sua importância subsume-se na atmosfera e a sua presença apenas reforça uma dimensão imanente. Será sobretudo a dissolução generalizada da paisagem e o seu sentido abstractizante que torna relevante a produção de António Cruz no quadro da segunda geração modernista.
Pedro Lapa
Pedro Lapa