No meu atelier em Paris
, 1913
Armando de Basto
Óleo sobre tela
64 × 81 cm
64 × 81 cm
assinado e datado
Inv. 1086
Historial
Doação de Diogo de Macedo, em 1945.
Exposições
Lisboa, 1958, 6, p.b.; Lisboa, 1980; Lisboa, 1983; Queluz, 1989, 95; Porto, 2001, 13, cor; Lisboa, 2006.
Bibliografia
MACEDO, [s.d.], 433, p.b.; Armando de Basto, 1953, 12-13, p.b.; Exposição Retrospectiva do Pintor (…), 1958, 6, p.b.; FRANÇA, 1974, 175, p.b.; TANNOCK, 1978, 17, cor; GONÇALVES, 1986, 65, cor; MNAC: Colecção de Pintura Portuguesa (1842–1979), 1989, 95; SILVA (et al.), 1994, 120, cor; SILVA, 1995, 376; SILVA, 1998, 17, cor; LAMBERT, 2001, 54-55, cor.
Doação de Diogo de Macedo, em 1945.
Exposições
Lisboa, 1958, 6, p.b.; Lisboa, 1980; Lisboa, 1983; Queluz, 1989, 95; Porto, 2001, 13, cor; Lisboa, 2006.
Bibliografia
MACEDO, [s.d.], 433, p.b.; Armando de Basto, 1953, 12-13, p.b.; Exposição Retrospectiva do Pintor (…), 1958, 6, p.b.; FRANÇA, 1974, 175, p.b.; TANNOCK, 1978, 17, cor; GONÇALVES, 1986, 65, cor; MNAC: Colecção de Pintura Portuguesa (1842–1979), 1989, 95; SILVA (et al.), 1994, 120, cor; SILVA, 1995, 376; SILVA, 1998, 17, cor; LAMBERT, 2001, 54-55, cor.
Esta pintura foi realizada no ano em que Armando de Basto começou a pintar a óleo. Os clichés do meio artístico parisiense, como o divã, a viola ou o tipo moderno e elegante da rapariga, ajudam a criar uma modernidade a que esta pintura é receptiva. Marca dessa atenção é a planificação geral do espaço criada pela cor, dentro de uma gama de verdes secos e ocres envolvidos, associada aos motivos decorativos do divã que têm continuidade nas almofadas verticais e são complementados pela tapeçaria. Esta continuidade de motivos preenche na quase totalidade a superfície da tela com o mesmo valor, reduzindo a profundidade de campo. O modelo desta pintura é a amante do artista, Yvonne, com quem viveu até deixar Paris. Colocada obliquamente, é assim envolvida pela tonalidade da cor e contrabalançada pela inclinação da viola. O motivo circular da tapeçaria de fundo encontra a cabeça da rapariga e desenvolve uma complementaridade curiosa com a gola da camisa branca, de forma a enquadrar subtilmente o rosto. O extremo direito da tela apresenta parcialmente uma estante servindo de pretexto para criar alguns planos monocromos que quebram o risco de monotonia e se articulam com o rectângulo escuro do primeiro plano formado pela carpete. Ainda que realizada com uma certa ingenuidade limitadora do alcance de uma proposta mais conceptualizada, esta obra importa no quadro do início do século XX pela liberdade de execução e intuição plena dos novos valores.
Pedro Lapa
Pedro Lapa