As varinas
, 1930
Jorge Barradas
Guache sobre cartão
62,5 × 62,5 cm
62,5 × 62,5 cm
assinado e datado
Inv. 649
Historial
Adquirido pelo Estado em 1930.
Exposições
Lisboa, 1930, 36; Lisboa, 1971; Queluz, 1989, 112; Castelo Branco, 2001, 8, cor; Lisboa, 2002.
Bibliografia
Exposição Jorge Barradas. Lisboa, 1930, 36; MNAC: Colecção de Pintura Portuguesa (…), 1989, 112; SILVA (et al.), 1994, 154, cor; SANTOS, 2001, 8, cor.
Adquirido pelo Estado em 1930.
Exposições
Lisboa, 1930, 36; Lisboa, 1971; Queluz, 1989, 112; Castelo Branco, 2001, 8, cor; Lisboa, 2002.
Bibliografia
Exposição Jorge Barradas. Lisboa, 1930, 36; MNAC: Colecção de Pintura Portuguesa (…), 1989, 112; SILVA (et al.), 1994, 154, cor; SANTOS, 2001, 8, cor.
Jorge Barradas distinguiu-se sobretudo na ilustração, que desenvolveu de modo extremamente inovador a partir dos anos 10, com participações nas Exposições dos Humoristas de Lisboa e do Porto e, durante a década seguinte, em que atingiu uma certa consagração de entre os ilustradores e humoristas seus contemporâneos. A sua pintura sofreu uma considerável influência destes aspectos. Nesta, o agenciamento dos signos identificadores de uma tipicidade lisboeta assume preponderância em detrimento de um sentido intrinsecamente pictórico. O casario torto com o arco, o candeeiro e a água-furtada apresentam um desenho anguloso com repetições arrebicadas que se confinam a uma estilização do sentido caricatural e tratam cenograficamente o espaço da cena através de um enquadramento tipificador. A mão à cintura de uma varina, o avental, o chinelo, a giga, o gato, os degraus, o algeroz ou a roupa ao sol são outros tantos signos que potenciam o sentido ilustrativo e definem um imaginário lisboeta próximo do kitsch. A cor é leve e agrada variando numa gama fria sem contrastes e submetendo-se com passividade ao desenho, dimensão predominante desta pintura.
Pedro Lapa
Pedro Lapa