Busto de José Tagarro

, 1930

Salvador Barata Feyo

Bronze
33 × 20 × 25 cm
assinado
Inv. 716
Historial
Adquirido pelo Estado em 1933.

Exposições
Lisboa, 1930; Lisboa, 1931; Lisboa, 1932; São Paulo, 1951; Porto, 1998.

Bibliografia
2.º Salão dos Independentes, 1931, p.b.; PAMPLONA, 1943, 391, p.b.; FRANÇA, 1980, 32; Museu do Chiado: Arte Portuguesa (1850–1950), 1994, 185, cor; A Figura Humana na Escultura (…), 1998, 20, cor; SILVA, 1998.
A representação escultórica de um contemporâneo manifesta uma cumplicidade artística acrescida de «muita admiração», resolvida por um tratamento formal pouco vulgar na sua obra. A observação da face de José Tagarro resulta numa correcção de linhas faciais duramente talhadas. A frontalidade do olhar e da expressão marcam o rosto particular de uma personalidade forte, acentuado pelo espatulado, em massas rugosas, conferindo-lhe uma aparente indefinição figurativa que dilui os traços fisionómicos e afirma a plasticidade do suporte. Manifestando uma fase ainda intensa de pesquisa, característica de um período de formação atento a valores de modernidade, exposta no I Salão dos Independentes, esta peça integrava-se bem no espírito de ruptura então pretendido, nomeadamente pela adesão a uma estética expressionista próxima da pintura de Mário Eloy.

Maria Aires Silveira