Sem título

, 1972

João Vieira

Acrílico sobre tela

100 × 120 cm
assinado e datado
Inv. 1994
Historial
Adquirido pelo Estado em 1974.

Exposições
Lisboa, 1972, s.n.º, p.b.; Queluz, 1989; Lisboa, 2002; Castelo Branco, 2003, 95, cor; Lisboa, 2008; Lisboa, 2008; Lisboa, 2012, Lisboa 2013..

Bibliografia
João Vieira: anagramas, 1972, s.n.º, p.b.; ÁVILA, 2003, 95, cor
Sobre a página branca, é a letra e não a escrita que se afirma como signo, mas é o gesto aquilo que nos é dado a ler, a acção do corpo durante o processo de produção, acrescentando à pintura uma dimensão performativa. O gesto concentra-se na sua construção como mancha, já não como traço, no rasto largo e firme da espátula, com uma acentuada consistência matérica que lhe confere aparência monumental e a ergue em presença formal. As letras são isoladas cromaticamente, como signos autónomos que atingem os limites. São elas os elementos plásticos que organizam e rimam a composição, estruturando-a numa grelha ortogonal onde as letras adotam rotações e inversões, possibilitando um amplo leque de combinatórias de leitura.

Maria Jesús Ávila