Sem título

, 1972

Ângelo de Sousa

Óleo sobre tela de serapilheira

195 × 130 cm
Inv. 2861
Historial
Adquirido pelo Estado ao artista em 2004.

Exposições
Lisboa, 2004; Lisboa, 2010; Lisboa, 2012; Lisboa 2013.
No final da década de 60, o artista enceta um conjunto de obras em que o interesse pelo Suprematismo de Malevitch e o Minimalismo, o leva a questionar e experimentar o Branco e o Preto, refletindo sobre a pintura numa nova perspetiva de fusão entre forma e ideia. Anulam-se os limites clássicos de entendimento da pintura, na função de elementos como o fundo, perspetiva, contorno, o que interessa neste diálogo nunca resolvido entre o monocromatismo branco do Nada, ou do negro, como Tudo, é a ideia plástica, é a matéria das ideias. Anula-se a percepção de planos, exploram-se as texturas, e o observador descobre que, de longe, existe uma aparência pura de contraste, mas que vislumbrado de perto, o quadro revela uma nova nomenclatura dirigida à ideia de pintura, que já não pode ser um mero reflexo do mundo.

Emília Tavares