O filho pródigo
, 1873
António Alberto Nunes
Bronze
137 × 56 × 96 cm (base)
137 × 56 × 96 cm (base)
assinado e datado
Inv. 325
Historial
Fundição em bronze executada com verba do Legado Valmor, em 1917.
Bibliografia
BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), BARREIRA, 1953, 515, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. III; FRANÇA, 1967, vol. I, 290; FERREIRA e VIEIRA, 1985, 356, p.b.; Lisboa, 1994, 131; 15; MACEDO, s.d., 386, p.b.
Fundição em bronze executada com verba do Legado Valmor, em 1917.
Bibliografia
BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), BARREIRA, 1953, 515, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. III; FRANÇA, 1967, vol. I, 290; FERREIRA e VIEIRA, 1985, 356, p.b.; Lisboa, 1994, 131; 15; MACEDO, s.d., 386, p.b.
Figura epigonal do romantismo, Alberto Nunes praticou uma arte académica, estudada em Paris sob direcção de Eugène Guillaume. Pouco sensível à expressão romântica, são valores académicos – sobretudo a preocupação pelo desenho – que se manifestam em Filho pródigo. Registe-se a pose hierárquica mas também os apontamentos de género provocados pela temática que a história induz: descalço e quase nu, senta-se num rochedo, cajado na mão, os pequenos porcos a seus pés, signos óbvios da herança desperdiçada. De boca entreaberta, procura sugerir uma expressividade falhada de desespero. Todas as marcações de pormenor esbarram no rosto, convencional, de modo que o espectador se confronta apenas com o relativo virtuosismo da execução e as avantajadas dimensões. Como se o autor se esgotasse no esforço artesanal e académico do fazer sem nunca equacionar o seu sentido plástico.
Raquel Henriques da Silva
Raquel Henriques da Silva