Jogo de damas
, 1927
Abel Manta
Óleo sobre tela
106 × 116 cm
106 × 116 cm
assinado e datado
Inv. 650
Historial
Adquirido pelo Estado em 1930.
Exposições
Lisboa, 1930, 142; São Paulo, 1955, 237; Bruxelas, 1968, 30, p.b.; Madrid, 1968, 30, p.b.; Paris, 1968, 30, p.b.; Lisboa, 1980; Queluz, 1989, 116; Lisboa, 1997, 191, cor; Frankfurt, 1997, 191, cor; Castelo Branco, 2001, 79, cor; Lisboa, 2005; Lisboa, 2006; Lisboa, 2007; Salamanca, 2007; Madrid, 2007; Badajoz, 2007; Lisboa, 2009; Lisboa, 2010.
Bibliografia
I Salão dos Independentes, 1930, 142; III Bienal (…), 1955, 237; Portugal. Exposição de Pintura (…), 1955, 9; MENDES, 1958, 13, p.b.; Um Século de Pintura (…), 1965, 65, p.b.; Art Portugais: Peinture et Sculpture (…), 1968, 30, p.b.; Arte portugués: pintura y escultura (…), 1968, 30, p.b.; FRANÇA, 1974, 171, cor; TANNOCK, 1978, 16, cor; Colóquio Artes, 1980, 30; FRANÇA, 1984, 63; GONÇALVES, 1986, 121, cor; PAMPLONA, 1988, s.n.º, cor; MNAC: Colecção de Pintura Portuguesa (…), 1989, 116; SILVA (et al.), 1994, 143; SILVA , 1995, 383, cor; Arte Moderna Portuguesa (…), 1997, 191, cor; GONÇALVES, 1998, 46, cor; SILVA , 1998, 25, cor; FRANÇA, 1999, 59, cor; SANTOS, 2001, 79, cor; PINHARANDA, 2009, 58, cor.
Adquirido pelo Estado em 1930.
Exposições
Lisboa, 1930, 142; São Paulo, 1955, 237; Bruxelas, 1968, 30, p.b.; Madrid, 1968, 30, p.b.; Paris, 1968, 30, p.b.; Lisboa, 1980; Queluz, 1989, 116; Lisboa, 1997, 191, cor; Frankfurt, 1997, 191, cor; Castelo Branco, 2001, 79, cor; Lisboa, 2005; Lisboa, 2006; Lisboa, 2007; Salamanca, 2007; Madrid, 2007; Badajoz, 2007; Lisboa, 2009; Lisboa, 2010.
Bibliografia
I Salão dos Independentes, 1930, 142; III Bienal (…), 1955, 237; Portugal. Exposição de Pintura (…), 1955, 9; MENDES, 1958, 13, p.b.; Um Século de Pintura (…), 1965, 65, p.b.; Art Portugais: Peinture et Sculpture (…), 1968, 30, p.b.; Arte portugués: pintura y escultura (…), 1968, 30, p.b.; FRANÇA, 1974, 171, cor; TANNOCK, 1978, 16, cor; Colóquio Artes, 1980, 30; FRANÇA, 1984, 63; GONÇALVES, 1986, 121, cor; PAMPLONA, 1988, s.n.º, cor; MNAC: Colecção de Pintura Portuguesa (…), 1989, 116; SILVA (et al.), 1994, 143; SILVA , 1995, 383, cor; Arte Moderna Portuguesa (…), 1997, 191, cor; GONÇALVES, 1998, 46, cor; SILVA , 1998, 25, cor; FRANÇA, 1999, 59, cor; SANTOS, 2001, 79, cor; PINHARANDA, 2009, 58, cor.
Uma vez mais é em Cézanne e na memória dos jogadores de cartas que esta pintura encontra a sua ascendência. A composição angulosa das figuras que se desenvolvem em volta da elipse do tampo da mesa correspondida pelo espaldar de uma cadeira, define um espaço intimista onde é reconhecível a mulher do artista, a pintora Clementina Carneiro de Moura. A perspectiva da cena é dada de um plano relativamente alto que melhor permite aprofundar o espaço obliquamente em relação ao plano da tela com uma certa tensão construtiva. A gama cromática extremamente clara, oscilando entre os rosas e os cinzas, é susceptível de relação com a pintura a fresco que o artista praticou e ensinou, todavia, nas figuras, principalmente na do rapaz, a presença da factura estabelece um interessante contraste de densidades. O xadrez do tabuleiro encontra um pálido eco no chão estabelecendo uma relação entre ambos, que torna as figuras em peças de outro jogo, a própria pintura, que ora se afirma, ora se dilui na representação naturalista. Assim, às silhuetas das cabeças executadas por linhas rectas quebradas ou à geometrização abstracta do fundo e do chão que o motivo permite numa situação limite, entre um sentido construtivo do espaço pictórico e uma situação natural adequada, responde a sombra da mesa criada por uma luz natural sobre as coxas da senhora, ou a da gola do vestido, como situações próprias do levantamento de um Naturalismo recalcado, mas estrutural, sob um Modernismo compreendido como efeito de estilo.
Pedro Lapa
Pedro Lapa