Teixeira Lopes
Vila Nova de Gaia , 1866 – Alijó , 1942
Inicia a aprendizagem nas primeiras letras, no desenho e na modelação do barro com o seu pai, o escultor José Joaquim Teixeira Lopes. Em 1882, matricula-se na Academia Portuense
de Belas-Artes, onde é aluno de Marques de Oliveira e de Soares dos Reis. Conclui o curso em 1884 e no ano seguinte parte para Paris, em viagem patrocinada por alguns amigos. Recebe lições de Paul Berthet e obtém o primeiro lugar na inscrição do curso de Escultura, nas provas de admissão às Beaux-Arts. Presença assídua nos Salons, (menções honrosas para as obras Comungante e Caim, 1889, medalha de ouro de terceira classe para A Viúva, então em gesso, em 1890; a mesma obra, em mármore, viria a receber uma medalha de ouro em Berlim, em 1896). Participa na Exposição Universal de 1900 com as peças Santo Isidoro e Agricultura, de cunho naturalista, entre outras, e obtém um grand prix e a condecoração de Cavaleiro da Legião de Honra. Sucede a Soares dos Reis como docente na Academia de Belas-Artes do Porto, cargo que ocupará entre 1901 e 1936. A sua obra, diversificada em múltiplas categorias, apesar de referenciar um gosto pela escultura de Donatello e pela linguagem academizante do classicismo, habitual na escultura fino-oitocentista, expressa a captação de emoções e sentimentos, numa linha naturalista.
Joana Baião