Estudou pintura na Escola de Belas-Artes do Porto e apesar de perder o pensionato do Estado no estrangeiro em 1873, a favor de Silva Porto, tal como a pensão de Roma, em 75, anulada nesse ano em favor de José Malhoa, consegue um subsídio do Conde de Almedina e parte para Itália, em 76. Frequenta a Academia Romana e trabalha no atelier de Francisco Pradilla.
Já em Lisboa, em 79, obtém o pensionato de estudo em França, após acesa polémica na imprensa periódica, entre Ramalho Ortigão, seu defensor, e Miguel Lupi. Segue para Paris, onde é discípulo de Cabanel e dedica-se à pintura de ar livre, influenciado pela Escola de Barbizon. Convive com os artistas portugueses em Paris, especialmente Columbano, mas também António Ramalho, Marques de Oliveira, Sousa Pinto, Silva Porto, João Vaz, e ainda Bastien Lepage e Henri Pautin.
Todos expõem nos Salons de 1880 – 81 – 82 e durante estes anos Artur Loureiro expõe também na Sociedade Promotora, em Lisboa. Vive em Brolles, a partir de 82, onde conhece uma jovem pintora australiana, modelo do seu quadro Descanso da artista, exposto em Londres e muda-se para a Austrália, em 83. Em Melbourne, é professor no Presbyterian Ladies College e inicia uma nova fase com influências da Arte Nova e dos Pré-rafaelitas, que observara em Londres. Regressa ao Porto em 1901, instala atelier no Palácio de Cristal, onde também ensina, e desloca-se frequentemente ao Gerês para pintar.

Maria Aires Silveira