Mily Possoz
Lisboa , 1888 – Sintra , 1968
Natural de Lisboa, apesar da sua ascendência belga, moradora em Lisboa desde a infância, dedica-se à pintura ainda muito jovem, depois de uma aprendizagem no atelier de Emília dos Santos Braga. Aos 16 anos viajou por Paris, Holanda, Alemanha e Bélgica, num périplo delineado entre algumas das principais cidades europeias, durante cinco anos, enriquecedor de uma linguagem modernista, característica da sua obra, algo ingénua e particular, preenchida por retratos de meninas, composições de flores e gatos, mas também cenas urbanas e paisagens, em tonalidades que sublinham a graciosidade dos temas. Colaborou nos mais significativos periódicos, reveladores da primeira geração de modernistas, como ABC, Athena, Contemporânea, Ilustração Portuguesa, e participa em exposições colectivas ou individuais, tornando-se uma das artistas mais conhecidas e de qualificada produção no panorama artístico português, nos anos de 1920 a 1940. Neste ano, participa na Exposição do Mundo Português como decoradora da Sala do Japão, inspirada nos Biombos Namban e o seu percurso artístico foi premiado com a Medalha de Ouro na Exposição Internacional de Paris, em 1937, o prémio Amadeu de Souza-Cardoso, em 1944, o prémio de Desenho José Tagarro, em 1949, e o prémio de Pintura Columbano, em 1951.
Maria Aires Silveira
Maria Aires Silveira