Licenciado em Cinema e Artes Visuais na The Cooper Union for the Advancement of Science and Art (Nova Iorque), frequentou depois a École National des Beaux-Arts (Paris) e o Le Frenesoy Studio National des Arts Contemporains (Tourcoing, França), onde concluiu o mestrado. Tem-se destacado entre uma nova geração de artistas com uma obra que se enquadra nos conceitos de “expanded e exhibition cinema”, em que a linguagem e o medium cinematográfico são explorados sob novos pressupostos artísticos. Recorrendo a referências transculturais, o seu trabalho utiliza outras tipologias como a fotografia, o cinema, a instalação e a performance, meios com os quais aborda de modo singular a arte e o mundo contemporâneos. Abrantes cria, cruza e sobrepõe universos narrativos singulares, através dos quais explora mais ou menos sarcasticamente temas relacionados com a identidade cultural, social, política e sexual. Expõe individualmente desde 2002 em Portugal e no estrangeiro, tendo obtido numerosos prémios, entre os quais o Prémio EDP Novos Artistas (2009), e vários prémios em festivais de cinema de referência internacional como o Leopardo de Ouro para a Melhor Curta-metragem Internacional no Festival de Cinema de Locarno, 2010, o Prémio Kodak Cinelabs do Festival Internacional de Cinema Experimental, Bucareste, 2010, ou mais recentemente, em 2011, o prémio de Jovens Diretores no Art Film Festival de Bergam e o prémio de melhor curta-metragem experimental no Festival de Cinema de Melbourne.

Joana Baião