Piso 1
entrada: Condições GeraisA MÃO-DE-OLHOS-AZUIS DE CANDIDO PORTINARI (1903-1962)
Em finais do século XIX, nos anos que antecederam a implantação da República, no Brasil, surgia nos salões do Rio de Janeiro um novo gênero musical urbano que viria a representar, nas palavras de Heitor Villa-Lobos, “a alma musical do povo brasileiro”.
O “Choro” ou “Chorinho” foi se estabelecendo a partir da mistura de danças europeias e africanas, revelando-se nas composições e interpretações pioneiras do flautista Joaquim Callado (1848-1880) e consolidando-se, no século seguinte, através dos sucessos de mestres como Anacleto de Medeiros, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, entre outros. Mas são as famosas rodas de Choro realizadas nos subúrbios carioca, meio a uma época ditatorial e entre guerras, que servirão como fonte inspiradora para Cândido Portinari pintar a sua obra “Chorinho” (1942).
Rodrigo Teodoro
é natural de Belo Horizonte (Brasil)
onde atuou como maestro,pianista e cravista em diversas
orquestras, bandas e grupos de música antiga. À frente do grupo Capella Brasílica, gravou o CD “Modinhas”,
aclamado pelas revistas Bravo, Concerto e Revista de História da
Biblioteca Nacional (RJ). Na vertente popular foi idealizador, diretor musical e pianista
do projeto SAMBA – 90 anos, que ofereceu ao público cursos sobre a história e
interpretação deste gênero e que culminou em três concertos com a participação da
consagrada cantora Elza Soares. Maestro licenciado em Direção de Orquestra pela Escola de
Música da Universidade Federal de Minas Gerais, Teodoro é mestre em Estudo das
Práticas Musicais – Musica e Sociedade pela mesma universidade e mestre em
Interpretação da Música Antiga pela Escola Superior de Música da Catalunha em
cooperação com a Universidade Autónoma de Barcelona. Atualmente é doutorando em Ciências
Musicais – Musicologia Histórica, pela Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa e membro fundador do grupo Musicologia
Criativa, responsável pelo Encontro Ibero-americano de Jovens Musicólogos.
Luísa Duarte Santos é doutoranda (aguardando defesa da Tese) em História da Arte, especialidade História da Arte Contemporânea. Investigadora/membro colaborador no Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Mestre em Teorias da Arte, pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Investigadora e curadora em inúmeras exposições biobibliográficas e de artes plásticas. Durante vários anos foi Técnica Superior Conservadora de Museus, no Museu do Neorrealismo. Foi bolseira de doutoramento da FCT. Tem vários ensaios e artigos publicados em catálogos e revistas, sobre temáticas, autores e artistas do século XX português.