MNAC

entrada: Condições Gerais

Museucampus

Um passeio entre a Rua Serpa Pinto e o Largo da Academia de Belas-Artes

Markus Ambach

2012-04-05
2012-05-06

Em museucampus, Markus Ambach revela alguns temas fundamentais do seu trabalho, como a reinterpretação dos lugares e a apropriação dos espaços públicos, ao mesmo tempo que propõe uma leitura crítica da especificidade contextual do MNAC – Museu do Chiado. O projecto desenvolve-se, assim, entre uma reflexão geral sobre as instâncias de produção e de consagração artística e um olhar atento sobre a relação entre o museu e a sua envolvente imediata, focado na comunicação com a Faculdade de Belas-Artes.

Desde a sua fundação, em 1911, o museu e a faculdade ocupam áreas contíguas do antigo convento de São Francisco da Cidade, onde se encontra também a Academia Nacional de Belas-Artes. Apesar das óbvias afinidades, a coabitação nunca foi simples e se, numa fase inicial, se verificava uma proximidade não apenas espacial mas também programática, a partir dos anos 40 o MNAC procurou afirmar a sua autonomia relativamente ao meio académico. A abertura de uma entrada independente pela Rua Serpa Pinto assinalou, então, simbolicamente a separação entre o museu e a escola, marcando um distanciamento que viria a ser reforçado, em 1994, com a intervenção do arquitecto Jean-Michel Wilmotte e só em 2010 seria reaberta a passagem entre o jardim do museu e a faculdade.

Consciente da fragilidade e da ambiguidade desta ligação, Markus Ambach explora as tensões existentes entre as duas instituições, questionando comportamentos e (pre)conceitos. O artista assume aqui o papel de mediador entre os dois contextos, procurando estabelecer outras vias de comunicação. Como registo deste processo de intermediação, a exposição na Sala Polivalente do museu apresenta um conjunto de objectos encontrados nas salas de aulas da faculdade, ou voluntariamente cedidos pelos próprios estudantes. Objectos que surgem recontextualizados por um discurso museológico ambivalente a aberto, numa instalação que assume também a condição de passagem, ao prolongar-se para além do espaço expositivo, num “passeio entre a Rua Serpa Pinto e o Largo da Academia de Belas-Artes”.

Helena Barranha

Directora do MNAC – Museu do Chiado

Em Exibição

The c(AI)rcles’s Pentagon

By Gencork | Sofalca

2025-05-28
2025-06-26
Curadoria: Portugal Faz Bem
A instalação de design/arte The c(AI)rcle’s Pentagon, que explora a ligação entre inteligência artificial, design (re)generativo, arte e sustentabilidade
Exposição individual

Caminhos

Coleção Millennium bcp

2025-05-16
2025-08-24
Curadoria: Emília Ferreira, Regina Branco e Joana d’Oliva Monteiro
Esta exposição coletiva aborda, a partir do tema da paisagem, o desejo da viagem ou a necessidade íntima de criar caminhos próprios
Exposição temporária

O FARDO DO HOMEM BRANCO

João Fonte Santa

2025-04-10
2025-07-03
Curadoria: Lúcia Saldanha e Rui Afonso Santos
O Artista recorre a uma linguagem figurativa que se vale dos paradigmas oitocentistas do Naturalismo - quer da pintura como da ilustração coevas, visualmente familiares e instituídos.
Exposição individual

ALDEBARAN CAÍDA POR TERRA

2025-03-13
2025-06-22
Aldebaran Caída por Terra é uma série de pinturas moldadas, com formas irregulares e orgânicas, onde o volume e incidência da luz se insinuam na forma de ver os (quase todos) rostos, pintados a pastel de óleo.
Exposição individual

Impressões Digitais. Coleção MNAC

2024-12-12
2026-12-30
Curadoria: Ana Guimarães, Emília Ferreira, Maria de Aires Silveira e Tiago Beirão Veiga
Constituída por obras fundadoras da historiografia da arte portuguesa contemporânea, de 1850 à atualidade, a coleção do MNAC guarda vários tesouros nacionais.
Exposição Permanente

Desde 1911

2022-05-26
2026-05-26
Uma intervenção que celebra os 110 anos do MNAC.
114 anos