Volume II do Catálogo da Colecção do MNAC - Museu do Chiado

Este segundo volume do catálogo da colecção do MNAC-Museu do Chiado corresponde ao período que vai de 1910 a 1960. Balizado, no seu início, pelas primeiras afirmações modernistas no tempo da revolução republicana, encontra finalmente, neste limite cronológico, a afirmação e complexificação do modernismo nas suas diversidades programáticas do pós-guerra, que sob “a longa noite do fascismo”não assistiram a qualquer transformação social. Este foi o seu negro desespero e simultaneamente a suspensão do próprio modernismo num estado projectivo, não circunscrito à modernidade e a que os outros países ocidentais acediam, enquanto actualização de uma nova ordem social emergente do pós-guerra, estruturada em novas formas de controlo sobre a natureza, a vida e a informação, que erradicaram todas as particularidades por uma compulsiva regularização. Importa por isso salvaguardar desse momento do modernismo as suas possibilidades maiores, que se não esgotam nas actualizações e neste caso não tiveram sequer actualidade. Que estas se tenham concentrado no contexto do pós-guerra, depois dos episódios Amadeo de Souza-Cardoso e Vieira de Silva, e da persistência de Almada Negreiros, que atravessa solitário este período, apenas demonstra a dificuldade com que o modernismo português pôde emergir sob uma ditadura anti-moderna. Assim, entre um tempo estancado num passado definitivo e um tempo por vir se situou esta fase do modernismo português.
A metodologia adoptada para este volume foi semelhante à do anterior. Uma primeira parte reúne um conjunto de ensaios que procuram reflectir sobre os aspectos mais significativos do referido processo histórico à luz de novos entendimentos que o presente gera. Todos estes ensaios partiram dos documentos da história da arte deste período, não se circunscrevendo ao corpus da colecção do museu. Na diferença entre os dados analisados e aqueles com que a colecção contribui para essa reflexão se esboça uma interrogação sobre a representatividade da colecção do museu nacional. Esta questão subjaz aos próprios ensaios na medida em que todos eles interrogam também as possibilidades da recepção das obras e consequentemente da formação de uma colecção.

Tipo de publicação: Catálogo da Colecção do Museu
Data de lançamento: 26 de Maio de 2011

CARACTERÍSTICAS
Formato: 190 x 268 mm
N.º total de páginas: 584
N.º de fotografias: 212 imagens
Miolo: Inaset offset, Artic volume white
Capa: Capa forrada a tecido e papel impresso a quadricromia
Língua ou línguas de edição: Português
Isbn: 978-989-660-080-8

INTERVENIENTES
Coordenação científica: Pedro Lapa e Emília Tavares
Textos e investigação: Maria de Jesús Ávila., Joana Baião, Helena Barranha, Adelaide Ginga, Pedro Lapa, Rita Paiva, David Santos, Rui Afonso Santos, Carlos Silveira, Maria de Aires Silveira, Emília Tavares
Documentação: Joana Baião, Adelaide Ginga, Rita Paiva, Maria de Aires Silveira, Emília Tavares

Fotografia
IMC – Divisão de Documentação Fotográfica
Coordenação
Alexandra Encarnação
Fotógrafos
Luísa Oliveira, assistida por José Moreira; José Pessoa; Arnaldo Soares; Vítor Branco; Paulo Cintra/Laura Castro Caldas; Carlos Monteiro
Inventariação
Tânia Olim e José Moreira
Digitalização e Tratamento de imagem
Cláudia Sequeira
Revisão: Manuela Vieira
Design gráfico: Barbara Says…com Patrícia Maya
Pré-impressão: Leya
Impressão e acabamento: Norprint Artes Gráficas S.A.