José Pedro Croft, s.t., 2007. Ferro, vidro, espelho. Dimensões variáveis ©Col AC
José Pedro Croft, s.t., 2007. Ferro, vidro, espelho. Dimensões variáveis ©Col AC

CICLO COLECIONAR ARTE

2018-04-24

A Direção dos Amigos do Museu do Chiado, em parceria com o Instituto de História da Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, vão organizar uma nova sessão do Ciclo Colecionar Arte.

A coleção de arte contemporânea portuguesa de António Cachola está acessível ao público no Museu de Arte Contemporânea de Elvas. Colecionador exigente, Cachola tem por objetivo reunir um conjunto representativo do que se pratica nas artes plásticas, em Portugal. A coleção radica nos anos 1980, não tem limitações técnicas nem temáticas, e nela figuram os mais importantes artistas plásticos da contemporaneidade: desde Julião Sarmento, Pedro Cabrita Reis, José Pedro Croft, Jorge Molder, Rui Sanches, Pedro Casqueiro, Rui Chafes, Miguel Palma, João Louro, Joana Vasconcelos, a artistas com percursos mais recentes, como Gabriel Abrantes, Mauro Cerqueira, Filipa César, Pedro Barateiro, Alexandre Farto e Mafalda Santos.

 

Em conversa com João Pinharanda, crítico e historiador de arte ligado ao processo inicial da formação da coleção e primeiro diretor artístico do MACE, António Cachola dará a conhecer o seu perfil de colecionador, as suas motivações, os artistas e as obras que o apaixonam, o percurso colecionista e algumas questões de mercado.

 

 

António Cachola é economista de formação e começou a colecionar arte contemporânea portuguesa há aproximadamente 25 anos. A sua coleção, que possui obras essenciais para a compreensão das últimas décadas da arte em Portugal, deu origem em 2007 ao MACE- Museu de Arte Contemporânea de Elvas, cidade de onde é natural. A primeira apresentação pública da Coleção António Cachola, aconteceu em 1999, precisamente em Espanha, no MEIAC- Museu Extremenho Ibero Americano de Arte Contemporânea. A coleção, que integra exclusivamente artistas portugueses, que começaram a expor pública e regularmente a partir da década de 1980, é composta por obras nos suportes e técnicas mais diversas, espelhando a multiplicidade das práticas artísticas contemporâneas. A Coleção António Cachola recebeu, em 2016, o Prémio “ A “ ao colecionismo privado da Fundación ARCO. António Cachola é membro do Conselho Consultivo da Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra e do Conselho Assessor da Fundación ARCO.

 

João Pinharanda, 1957, Moçambique

Licenciado em História (Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, 1980) e Mestre em História da Arte (Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Nova de Lisboa, 1985).

Professor auxiliar convidado (Arquitectura, UAL, 1997-2012); Professor auxiliar convidado (Mestrado: Gestão de Mercados de Arte, ISCTE, 2009/10 e 2012/13). Membro da Comissão de compras do IAC/M. Cultura (1997-99).

Presidente da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte (2004-2007). Director do Museu de Arte Contemporânea de Elvas/Colecção António Cachola (2007-2010). Programador da Fundação EDP (2000-2015); Sub-Director do Departamento de Cultura da Fundação EDP (2010-015). Acções no âmbito destes cargos (2000 até ao presente): criador e organizador dos Prémios de Arte da Fundação EDP; constituição da Colecção de Arte da Fundação EDP; comissário e coordenador do Programa “Arte e Arquitectura em Barragens”; comissário e coordenador do Parque de Escultura Contemporânea do Almourol (colaboração com o Município de Vila Nova da Barquinha).

Comissário independente de exposições nacionais (desde 1990): Fundação de Serralves; CAM/F.C.Gulbenkian; Museu de Évora, Museu de Faro, Museu Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante, Centro Cultural D. Luís, Cascais, etc.

Comissário independente de exposições internacionais (desde 1999): Museo Ibero Americano de Arte Contemporaneo, Badajoz (primeira apresentação da Coleção António Cachola); Museu de Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Pinacoteca, S. Paulo; Caixa Econômica Federal, Brasília; Laboratório Arte Alameda e Ex-Teresa, Cidade do México, New Center for Contemporary Art, Moscovo e Nijni Novgorod.

Comissário de representações oficiais portuguesas (desde 1998): representação das 12 galerias portuguesas, Arco, Madrid; Espacio Uno (Centro de Arte Reina Sofia, Madrid); “Salon de Montrouge”, Paris; Feira Estampa, Madrid.

Colaborador regular no JL (1984-90) e no jornal Público (responsável pela secção das Artes Plásticas, 1990-2000). Colaboração dispersa na imprensa escrita nacional e internacional. Numerosos textos em catálogos e em obras coletivas de História da Arte.

Exerce, desde Agosto de 2015, as funções de Adido Cultural junto da Embaixada de Portugal em Paris. Diretor do Camões – Centre Culturel Portugais à Paris, desde janeiro de 2016.